O treinador gremista ressaltou que vai sentir o ambiente entre os torcedores para definir o futuro
Com uma temporada de 2024 sem grande brilho à frente do Grêmio, o técnico Renato Portaluppi desabafou sobre o momento vivido pelo clube. Em entrevista concedida ao jornalista Marcos Souza, do GZH, o comandante da casamata gremista abriu o coração sobre seu futuro. De acordo com o treinador, a indecisão sobre sua permanência é devido ao carinho que sente pela instituição. No entanto, vai levar em consideração a opinião do torcedor.
“Hoje, meu sexto sentido diz que estou em cima do muro. Fiquei muito triste quando soube que a torcida me vaiou. Vaiaram no início da partida, né. Entendo o torcedor. Perdemos o Gre-Nal e caímos na Copa do Brasil e na Libertadores. O Renato tem culpa? Tem. Mato essa no peito. Torcedor quer ganhar sempre, e eu entendo. Mas o torcedor precisa entender os motivos também. Quando fizermos os pontos necessários para evitar o risco de rebaixamento, vou sentar com o Guerra (presidente). Para me despedir ou sentar com ele e perguntar o que ele pensa. Mas vou sentir o ambiente externo também. O torcedor que vai me dar essa resposta”, afirmou.
Renato vai se reunir com a direção para definir sua permanência
Ainda buscando os pontos necessários para escapar de vez da zona da degola no brasileirão, os dirigentes gremistas evitam falar sobre o planejamento para 2025. Confidenciando que ainda não decidiu se vai ficar no clube para a próxima temporada, o técnico Renato Postaluppi expressou disposição de permanecer no Grêmio. Contudo, uma reunião entre a direção e o treinador ainda vai acontecer para conversar sobre o futuro do tricolor gaúcho.
“Por mim, faria um contrato pro resto da minha vida com o Grêmio. Só que eu não decido isso. Minha cabeça hoje está voltada para fazer os pontos que precisamos no Brasileirão. Eu não posso chegar lá pro presidente do clube, pro vice-presidente, pro executivo e pra torcida gremista e dizer: “eu vou ficar”. Pode ser um desejo meu. Mas aí tem uma decisão de um presidente, de uma diretoria, de um executivo e da torcida. Se quando fizer essa pontuação e eu sentir que as pessoas me querem aqui, vou fazer força pra ficar. Se eu sentar e ver que as pessoas não me querem aqui, em primeiro lugar, eu vou sair com uma consciência tranquila demais por tudo que eu fiz, mesmo não ficando. Sei o que eu fiz durante esse ano. Se não sentir isso da direção e da torcida, vou embora”, disse.
Renato vai avaliar o ambiente para dizer se fica ou não
Diante de um ano atípico no tricolor gaúcho, com o treinador gremista não conseguindo definir um time titular para entrar em campo e de todos os problemas extra campo que atingiram o Rio Grande do Sul, Renato declarou que vai avaliar o ambiente entre os dirigentes e torcedores para definir qual decisão irá tomar.
“Eu tenho a minha vida. Não me falta nada. Tenho tudo na minha vida. Sou um cara realizado. Gostaria de continuar, mas eu fico onde as pessoas me querem, onde eu me sinto bem. Eu não vou ficar aqui roubando o clube, que eu nunca fiz isso. O dia que o Grêmio não me quiser mais vou sair pela porta da frente, ok?”, finalizou.
