Ex-diretor jurídico Nestor Hein aponta problemas na gestão do Grêmio

Foto: Cadeira Cativa - Luiz Carlos Reche
Foto: Cadeira Cativa - Luiz Carlos Reche

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Atualizado em: 20 de setembro de 2024 - 14:25

A era dos treinadores e suas consequências

Nestor Hein, ex-diretor jurídico do Grêmio, fez duras críticas à gestão do clube. Em recente declaração ao programa Cadeira Cativa de Luiz Carlos Reche, na MasperTV, ele destacou que a constante troca de treinadores é algo prejudicial. “E aí vem um treinador, como veio. O Thiago Nunes, como veio o Feli… Eles derrubaram… Os jogadores do Grêmio derrubaram o Felipão”, afirmou Hein. O impacto dessa instabilidade foi ressaltado, colocando em questão a hierarquia e a autoridade dentro do clube. “Quando é que o Grêmio vai ter hierarquia?”, questionou Hein.

A Lenda do Felipão e a falta de satisfação

Hein destacou Luiz Felipe Scolari, o Felipão, como uma lenda do futebol, cuja queda simboliza a crise no Grêmio. “Todos já fomos derrubados. Todos, até o Felipão”, refletiu Hein. Ele ressaltou que mesmo figuras históricas não estão imunes às dificuldades dentro do clube. A falta de satisfação por parte dos treinadores também foi um ponto central na crítica. “O Renato não dá satisfação para ninguém”, criticou Hein, referindo-se a Renato Portaluppi, ex-treinador do Grêmio. Ele ainda considerou esta falta de responsabilidade um problema grave.

O papel dos dirigentes e a influência Interna

Nestor Hein mencionou a dificuldade enfrentada pelos dirigentes, como Romildo Bolzan e Alberto Guerra, ao lidarem com as pressões internas. “Eu vi o sofrimento do Romildo. E agora está se desenhando o sofrimento do Guerra”, observou Hein. Ainda considerou a influência de algumas figuras dentro do clube como negativa, o que contribui para um ciclo vicioso que precisa acabar. “Quando é que esse ciclo vai acabar?”, perguntou Hein, evidenciando a necessidade de mudanças estruturais no Grêmio.

Comparações com outros clubes e decisões contestadas

O ex-diretor jurídico fez também comparações com a gestão de outros clubes, como o Flamengo, com o intuito de ilustrar a diferença na tomada de decisões. Hein criticou a falta de firmeza no Grêmio, em contraste com a postura do Flamengo. “No Flamengo, quando o Maicon saiu do Grêmio, ele pediu para o Braz, eu quero o Maicon aqui e o Braz, não, não, aqui não”, relatou Hein. Ele destacou que essa diferença de postura é prejudicial para o Grêmio.

Questionamentos sobre contratações e escalações

As decisões de contratação e escalação foram fortemente criticadas por Hein. “Contratações pífias, trocas pífias, como esse. Atacante do São Paulo por duas nabas”, criticou Hein. A falta de coerência nas escolhas de jogadores foi considerada uma afronta ao torcedor. “Escalar um jogador que em 40 jogos deu 15 chutes a gol. Isso é cuspir no rosto do torcedor”, afirmou Hein, expressando sua indignação com a gestão do clube.

A necessidade de mudança e a esperança para o futuro

Hein finalizou sua declaração expressando esperança de que o Grêmio se dê conta dos problemas e faça as mudanças necessárias. “Eu espero que o Grêmio se dê conta, porque a dor depois é imensa, a frustração é muito dolorosa”, disse Hein. Ele apelou para que o clube evite mais frustrações e desafios desnecessários para a torcida e os dirigentes. A crítica contundente de Hein serve como um chamado à ação para que o Grêmio reconstrua sua hierarquia e retome seu caminho das vitórias.

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