O tricolor gaúcho anunciou a contratação de dois jogadores estrangeiros no último domingo
O Grêmio confirmou a contratação de dois jogadores de países sul-americanos para a disputa das competições da temporada. O atacante chileno Alexander Aravena e o meia colombiano Miguel Monsalve foram anunciados ontem, após a vitória por 3 a 1 contra o Operário-PR, pela Copa do Brasil. Com isso, o time de Renato Portaluppi agora conta com nove jogadores estrangeiros no elenco. Entre os torcedores, uma dúvida ganhou força entre os gremistas: Afinal de contas, quantos estrangeiros um clube pode utilizar no Brasil?
FOTO: LUCAS UEBEL/GREMIO FBPA
CBF muda regra que aumenta número de jogadores estrangeiros
Nos últimos anos, a CBF vêm implementando mudanças à pedido dos clubes brasileiros para se adaptar aos novos tempos no futebol. Entre as alterações, a utilização de jogadores estrangeiros têm aumentando a cada ano nos times brasileiros. Com um mercado de transferências nacionais inflacionado, as opções para contratar atletas de qualidade está cada vez mais escasso. ´Para amenizar as diferenças econômicas, a solução é buscar reforços em países vizinhos, entre os quais uruguaios, colombianos, equatorianos, venezuelanos e argentinos.
Até 2022, eram permitidos apenas cinco jogadores estrangeiros por clube para disputar as competições nacionais. Em 2023, o congresso técnico da CBF aprovou o aumento no número de vagas de jogadores estrangeiros para sete. No entanto, a demanda dos clubes brasileiros era ainda maior. Em reunião realizada em março de 2024, ficou decidido que a vaga para jogadores nascidos fora do Brasil teria o significativo aumento para nove. Sendo o futebol um reflexo da sociedade, a questão da capacidade econômica dos clubes tupiniquins é maior que outros clubes de países sul-americanos.
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Mudança torna os clubes brasileiros uma potência no continente
Em entrevista realizada para o GZH em março deste ano, Fernando Ferreira, da Pluri Consultoria, que analisa dados do futebol brasileiro, afirmou que a mudança beneficia os clubes do Brasil, já que jogadores dos países vizinhos em média custam menos. De acordo com Ferreira, esse é um movimento inevitável no mercado do futebol, à exemplo do que acontece na Europa, por exemplo.
“É um crescimento exponencial. Bom para o futebol brasileiro, que permite aos clubes ampliar a captação de atletas, e tem impacto financeiro, pois jogadores de outros países da América do Sul tendem a ser mais baratos”, disse Fernando Ferreira, da Pluri Consultoria, especializada na análise de dados relacionados ao futebol brasileiro.
O ex-jogador Grafite também se manifestou à favor no aumento de estrangeiros atuando no futebol brasileiro. Segundo o ex-centroavante do Grêmio e hoje comentarista da SPORTV, os atletas de outros países do continente preferem os clubes brasileiros em detrimento de clubes de segundo escalão europeu.
“O lado bom é que se acrescenta mais qualidade ao futebol brasileiro, pois os melhores sul-americanos preferem atuar aqui do que jogar em um segundo escalão da Europa ou na Ásia. Mas o número alto de estrangeiros pode tirar a oportunidade de garotos que estão surgindo. É importante ter um equilíbrio”, afirmou Grafite
Grêmio terá nove estrangeiros no grupo de jogadores
Seguindo as novas regras estabelecidas no futebol brasileiro, o Grêmio opta por buscar reforços que são que são destaques em times no futebol sul-americano. Com as contratações do meia Monsalve e do atacante Aravenna, o tricolor gaúcho se tornou o terceiro time brasileiro com maior número de jogadores estrangeiros, atrás apenas de São Paulo e Internacional, ambos com 10 atletas.
Os jogadores estrangeiros do Grêmio
Marchesín (goleiro)
Kannemann (zagueiro)
Carballo (volante)
Villasanti (volante)
Cristaldo (meia)
Monsalve (meia)
Pavon (atacante)
Soteldo (atacante)
Aravena (atacante)