Conselho deliberativo do Grêmio mantém cláusula de barreira em 15%

Conselho deliberativo do Grêmio mantém cláusula de barreira em 15%
Foto: Lucas Uebel, Grêmio FBPA.
Conselho deliberativo do Grêmio mantém cláusula de barreira em 15%
Foto: Lucas Uebel, Grêmio FBPA.

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Atualizado em: 8 de outubro de 2024 - 00:54

Conselho Deliberativo do Grêmio rejeita proposta de redução da cláusula de barreira. Confira os resultados da votação e as opiniões dos conselheiros Paulo Caleffi, Dênis Abrahão e Antonio Dutra Junior.

Resultados da Votação

Segundo informações da rádio Imortal e do canal Alex Bagé, a proposta de redução da cláusula de barreira nas próximas eleições do Grêmio não foi aprovada na reunião do Conselho Deliberativo realizada na quinta-feira, 29.

Resultados da votação:

AprovoNão aprovoAbstenção
611211
Fonte: Grêmio FBPA

Entendendo a Cláusula de Barreira

Atualmente, a cláusula de barreira do Grêmio é de 15%. Isso significa que cada chapa deve obter pelo menos 15% dos votos para garantir representação no Conselho Deliberativo.

Opinião de Paulo Caleffi

Paulo Caleffi, ex-vice de futebol do Grêmio, explicou por que votou contra a redução da cláusula de barreira:

“Em relação à cláusula de barreira que foi proposta, eu não fui favorável a ela por uma simples situação, eu não acredito em fracionamento da democracia. Tu não tens como estabelecer que em determinados números de votantes isso te possibilite ter um cenário mais amplo ou mais diminuído do acesso do coeficiente eleitoral. Me parece que, neste aspecto, a reforma foi tecnicamente falha na sua apresentação, mas nada impede que no futuro, com uma proposta mais objetiva, o proponente traga essa situação ao Conselho Deliberativo de forma mais enfática. Olha, nós acreditamos que deva ser 5%, 8%, 10%. Agora, essa quebra e esse fracionamento me parece que, em todas as manifestações realizadas pelos conselheiros, se demonstrou, e até por uma ampla rejeição, que ela não atendia a um requisito técnico de mais rigor que necessariamente temos que ter.”

Declarações de Dênis Abrahão

Dênis Abrahão também se pronunciou após a reunião do Conselho Deliberativo. O ex-dirigente comentou sobre o momento do Grêmio, os problemas com a Arena e sua posição na votação sobre a cláusula de barreira:

Foto: Lucas Uebel, Grêmio FBPA

“45 pontos, é a minha grande meta. Eu acho que deveria ser de todo gremista. Fomos infelizes no Campeonato Brasileiro, na Libertadores, fomos infelizes na Copa do Brasil, mas nós não podemos desconsiderar a situação da tragédia que se abateu sobre o estado do Rio Grande do Sul, principalmente na Arena. Nossa Arena não tem a mínima condição de ter jogo de futebol lá. Imagina agora, olha a bronca que tem a atual direção para botar 12 mil. Como que se faz isso? Tu tens 10 milhões de torcedores, tu só pode botar 12 mil pessoas. Tu tens 120 mil sócios, tu só pode botar 12 mil pessoas. Como que se faz essa matemática? Eu não saberia como fazer, teria que criar uma comissão para estudar uma forma de cometer o mínimo de injustiça possível.” Sobre a opção de Denis, ele foi enfático: “Não aprovo. Porque acho que já está de bom tamanho.”

Ponto de vista de Antonio Dutra Junior

O conselheiro Antonio Dutra Junior, um dos autores da proposta de alteração da cláusula de barreira, lamentou o resultado da votação e compartilhou seu ponto de vista:

Foto: Reprodução Twitter/X

“Eu lamento um pouco porque essa é uma tentativa que nós fizemos de aumentar a participação do associado na eleição do conselho. E a mudança não era radical, é uma mudança ainda conservadora, é um passo na direção da democratização do clube, do acesso mais facilitado ao sócio que quer participar de uma eleição do clube. Nós vimos que as antigas estruturas do Grêmio reagiram fortemente de maneira contrária a esse tipo de mudança no clube. Me parece que o clube ainda, vou falar em termos de entidade, não vou pessoalizar, o clube ainda enxerga o novo, a participação do associado, de forma equivocada. Os tempos mudaram, vivemos um mundo diferente hoje. A participação é fundamental e eu entendo que o Grêmio é do seu associado, ele precisa ter mais participação na vida do clube. Então, a gente viu que é difícil fazer mudanças.”

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