Uma crescente crise nos bastidores do Grêmio chamou a atenção nos últimos dias. Funcionários ligados ao dia a dia do clube, como roupeiros, zeladores e motoristas, relataram assédio moral, ou seja, um clima de desconforto, dentro do CT Luiz Carvalho, bem como um descontentamento com as recentes mudanças nas políticas internas da instituição.
Este movimento busca trazer à tona questões relacionadas ao tratamento e condições de trabalho desses profissionais que, segundo eles, são essenciais para o funcionamento do clube. Além disso, os funcionários afirmam se sentir desvalorizados com a atual situação.
As informações do jornalista Rafael Pffeifer, indicam que o o epicentro da crise parece estar no Centro de Treinamentos Luiz Carvalho, onde funcionários relatam que receberam uma cartilha com novas regras. Estas regras restringem suas atividades e benefícios. Entre as medidas, destacam-se a proibição de utilizar uniformes informais, como chinelos, e a exigência de pagar pelo próprio almoço no refeitório do CT.
Mudanças internas e como foi mediada a situação
Os funcionários que relataram o assédio moral dentro do CT, caso optem por fazer suas refeições no clube, não mais recebem o Vale Alimentação ou Vale-Refeição. Além disso, antes eles utilizavam vestimentas mais simples e leves para a manutenção dos uniformes e chuteiras dos atletas, porém, agora são obrigados a utilizar um uniforme padronizado. Outra restrição é que não podem mais compartilhar os mesmos espaços dos jogadores. Isto é: se quiserem interagir com algum deles, como por exemplo solicitar um autógrafo, precisam obter autorização da gestão previamente.
Denúncia e relatos de desrespeito
Os relatos de uma possível crise nos bastidores do Grêmio apontam ainda para uma crescente insatisfação com a falta de diálogo e o suposto desrespeito por parte da administração do clube. Contudo, a situação ganhou ainda mais visibilidade após a denúncia de assédio moral por parte de funcionários. Eles também mencionam tratamentos desrespeitosos e humilhantes.
A Presença de lideranças do Grêmio
Os líderes do time, especialmente Kannemann, expressaram que os funcionários são seus aliados e que qualquer interferência negativa em relação a eles terá sérias consequências para o Grêmio. A gestão dessa questão está a cargo de Luis Vagner Vivian, Marcelo Rudolph e outro diretor. Dessa forma, espera-se evitar qualquer tipo de crise no clube. Surpreendentemente, essa situação ainda não havia sido comunicada à alta administração, incluindo o presidente Alberto Guerra e o vice-presidente Antônio Brum.
Mediação do conflito e investigação interna para resolução
O tricolor contratou Luis Vagner Vivian especificamente para pacificar as tensões internas do clube, que são persistentes, especialmente desde o período de Klaus Camara. Vivian tem uma longa história com o Grêmio e profundo conhecimento dos processos internos. Além do mais, ele chegou com o intuito de tratar desses problemas que tensionam o ambiente, embora pareça que a situação ainda não se resolveu de forma satisfatória.
O papel de Luis Vagner Vivian no Grêmio
É notável que Vivian deveria assumir um papel de destaque no clube já há algum tempo. No entanto, na época, o então CEO do Grêmio, Carlos Amodeo, barrou sua ascensão e optou por promover Klaus Câmara, o que acabou causando vários momentos difíceis no clube.
Presidente Alberto Guerra busca solução
Segundo o jornalista Rafael Pffeifer, da rádio Guaíba, o presidente do Grêmio, Alberto Guerra, se surpreendeu com os relatos. Guerra comprometeu-se a investigar as denúncias, buscando uma solução que restabeleça a harmonia e o respeito no ambiente de trabalho. No entanto, a crise ameaça se intensificar caso medidas efetivas não sejam tomadas para resolver os conflitos internos.
Enquanto isso, a preocupação é que o clima de instabilidade nos bastidores possa acabar refletindo dentro de campo, prejudicando o desempenho da equipe e comprometendo os resultados esportivos do Grêmio.