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Grêmio eliminado da Copa do Brasil
O Grêmio está fora da Copa do Brasil 2024. Na noite da última quarta-feira (07), no Estádio Couto Pereira, o Tricolor ficou no 0 x 0 com o Corinthians e acabou caindo nas cobranças de penalidades. Edenílson, Cristaldo e Pavon desperdiçaram suas cobranças. Enfim, o sonho do hexacampeonato da Copa do Brasil foi adiado. Porém, muitas criticas pela eliminação foram creditadas ao técnico Renato Portaluppi. O torcedor contestou algumas decisões do treinador. Mas a questão que fica é: Até que ponto a eliminação passou pelo treinador do Grêmio?
O Grêmio começou o jogo no 3-5-2
Antes de mais nada, neste ponto, não vejo margem para discussão. O Renato começou o jogo na formação que tirou o Grêmio do Z4, com três vitórias e um empate nos últimos quatro jogos. O Grêmio passou de um time vazado, onde qualquer equipe chegava fácilmente ao gol Tricolor, para um time bem postado defensivamente. Assim, aqui podemos apontar que a estratégia foi correta. O Grêmio não correu riscos no primeiro tempo e criou algumas oportunidades de abrir o placar, principalmente com Soteldo. O Corinthians foi salvo pela grande atuação do goleiro Hugo nos 45 minutos iniciais.
Mudança para o 4-4-2
Renato errou em mudar a formação para o 4-4-2, tirando um zagueiro para colocar um centroavante? A resposta é não! Naquele momento do jogo o Grêmio precisava construir mais e era evidante que estava falanto um homem de área para concluir as jogadas criadas pelos lados do campo. O Grêmio precisava ser mais agressivo. Renato tirou Kannemann e colocou Diego Costa (voltando de lesão). Essa mudança surtiu efeito contrário, porque foi o Corinthians quem cresceu no jogo e estava mais perto de marcar o gol. Assim, Rento pensou certo, das mais agressividade ao time, mas o resultado da mudança não foi o esperado. Entretando, não há quem tivesse contestado a substituição no momento em que ela ocorreu.
Por que não colocar Monsalve no jogo?
Uma coisa estava bastante clara. Cristaldo não estava conseguindo dar boa resposta no jogo. O meia estava bem marcado e criou poucas oportunidades. Entrou pouco na área e finalizou apenas uma vez no gol de Hugo. Aqui temos uma questão a se discutir. Por que não colocar Monsalve no jogo? Poucos dias antes o jovem colombiano havia feito a diferença no jogo contra o Athetico. Marcou um gol de puro oportunismo e teve um gol anulado num chutaço de fora da área. O Grêmio precisava de um jogador agudo, que entrasse e desse mais criatividade ao meio-campo. Monsalve deveria ter entrado no segundo tempo. Aqui vejo erro do treinador. Renato não quis arriscar.
Faltou ousadia ao Grêmio em São Paulo?
Sim. Em São Paulo, o Grêmio jogou mais de 35 minutos com um jogador a mais e não aproveitou a vantagem. O Corinthians com 10, foi mais intenso que o Grêmio com 11. Inclusive, o Corinthians não venceu o jogo por detalhe, um gol anulado no VAR, nos acréscimos. O Grêmio parecia satisfeito com o empate. O Grêmio poderia ser mais agressivo e buscado o gol de forma mais incisiva. Mas claro, neste ponto, não podemos jogar tudo na conta do treinador. Os jogadores deixaram muito a desejar.
Batedores de penaltis
Depois de 180 minutos sem gols, o jogo foi decidido nos penaltis. E aqui podemos questionar os jogadores escolhidos para realizar as cobranças. Por mais que o Renato diga que bateram os atletas que têm melhor desempenho nos treinos, é inaceitável um time bater quatro penalidades e errar três delas. Por que escalar Edenílson? Será que foi inteligente colocar um cara que ainda tem muito a provar no Grêmio e carrega nas costas toda uma história como atleta do rival? Diego Costa ou João Pedro não seriam melhores opções naquele momento? Além do mais, o erro de Edenílson afetou o desempenho dos demais atletas do Grêmio na sequência das cobranças.