Ednaldo Rodrigues ressaltou que a decisão teria consequências no futebol brasileiro.
Vivendo um dos momentos mais dramáticos de sua história, o Rio Grande do Sul é atingido por inundações em 447 municípios do estado. Entre as cidades padecem da calamidade climática, Porto Alegre é uma das que mais sofrem com as enchentes. Diante de um cenário caótico na capital gaúcha, os estádios de Grêmio e Internacional ficaram com seus gramados completamente alagados e sem condições para a prática do futebol. Solicitando uma paralização do Campeonato Brasileiro, a dupla GreNal apelou para a interrupção das competições de futebol no âmbito nacional junto a CBF. Ponderando sobre o desequilíbrio técnico em face da devastação da cidade, o presidente do tricolor gaúcho, Alberto Guerra, propôs uma pausa no Campeonato Brasileiro
Presidente da CBF descarta remanejar calendário do futebol brasileiro
Em resposta ao pedido do Grêmio, o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, falou ao site GE sobre a questão. De acordo com o cartola, a decisão sobre a interrupção do Campeonato Brasileiro será discutida com os outros clubes no dia 27 de maio. No entanto, Ednaldo ressaltou que a paralização teria consequências no calendário do futebol brasileiro.
SOS Rio Grande do Sul
Confira os pontos de coleta estabelecidos pelo Grêmio:
Estádio Olímpico: Largo Patrono Fernando Kroeff, nº 1, das 9h às 18h;
Hotel do Grêmio (Park Plaza Moinhos): Rua Dr. Timóteo, 577, aberto 24 horas;
CT Feminino: Av. Farroupilha, 8001 – São José, Canoas, na Capela da Ulbra e prédio 55 (Educação Física), das 7h às 21h30.
“Primeiro, reitero sempre a nossa solidariedade a todo o povo do Rio Grande do Sul, por tudo o que está passando. Sobre o pedido de paralisação, é interessante que possamos ouvir todos os clubes para definir. Isso envolve calendário, classificação para as competições sul-americanas e até a Intercontinental, caso um clube brasileiro ganhe a Libertadores. Não é tão fácil assim. Mas somos todos democráticos. Depois de colocar todos esses pontos para que eles definam, não tenho como ficar contrário [aos clubes] porque nossa gestão é democrática. Vamos mostrar o contraditório dessa paralisação, mas vamos respeitar a decisão dos clubes.”, disse.
Sobre a possibilidade de isentar o Grêmio do rebaixamento no brasileirão devido aos problemas de ter sua cidade e sede inundada, o presidente da CBF descartou completamente as chances de algo assim acontecer.
“Essa teoria eu não concordo. De imediato eu rechaço. Quando se faz uma competição, se obedece leis e princípios. E as competições têm interdependência umas com as outras. Quatro clubes sobem de divisão, quatro são rebaixados. Quem tem o bônus também tem que ter o ônus. Não se pode dizer um time não vai ser rebaixado se o mesmo time puder ser campeão. Fere os princípios da moralidade.”, afirmou o presidente da CBF.