O comandante do tricolor gaúcho argumentou que o desgaste é ocasionado pelas viagens extenuantes
Em entrevista coletiva concedida após a derrota do Grêmio por 2 a 1 para o Flamengo, o técnico Renato Portaluppi justificou o resultado negativo devido aos problemas de logística que as enchentes em Porto Alegre causaram aos jogadores. Longe da capital gaúcho desde os problemas climáticos, o elenco do tricolor gaúcho vem sentindo demais a distância de jogar sem apoio dos torcedores gremistas na Arena.
De acordo com o treinador do Grêmio, os atletas estão cansados de tantas idas e vindas dentro de um avião. O comandante do tricolor gaúcho argumentou que o desgaste ocasionado pelas viagens é uma jornada extenuante para o grupo.
“A gente cuida da parte psicológica dos jogadores, temos liberado a presença das famílias. Nem todos conseguem ter a família perto. Mas eles saem com os familiares, vão jantar, vão passear, é o que podemos fazer neste momento. Fisicamente, estamos bem. O que tem acontecido é que tivemos três decisões em sequência pela Libertadores. O desgaste foi enorme, pra cima e pra baixo em avião e hotel. Isso desgasta muito”, disse
Perguntado sobre a atuação do Grêmio contra o Flamengo, Renato reconheceu que o time deixou espaços para o time adversário chegar ao gol. Segundo o técnico gremista, a derrota não tira os méritos dos jogadores em tentar buscar a vitória.
“Eu acho que vocês viram outro jogo. Minha equipe esteve muito bem. Criamos, mas não acertamos o alvo nos chutes. Poderíamos ter saído na frente no placar e não fomos felizes. Tomamos gol no fim do primeiro tempo, voltamos para buscar o empate e deixamos espaço para os contra-ataques. Ali eles fizeram o segundo. Mas isso não tira os méritos do Grêmio. Ninguém gosta de perder, mas nossa equipe se comportou bem. Só faltou o gol”, afirmou.
Pavón fica insatisfeito ao ser substituído
Explicando a razão das alterações que efetuou durante a partida, o técnico Renato Portaluppi lembrou que o atacante Pavón recém está recuperado de uma lesão muscular. De acordo com o técnico do tricolor gaúcho, o jogador argentino ainda está recuperando o ritmo de jogo.
“O Pavón não vi ele jogar a camisa do chão. Ele estava irritado no intervalo por não ter feito o gol, teve boas chances. É a segunda partida dele depois de um longo período, está recuperando a forma física e técnica. O Nathan entrou por ser um meia, que se aproxima do atacante. O JP Galvão estava desgastado e hoje é o nosso único atacante. Não adianta deixar um jogador desgastado em campo. Por isso, perdemos o Diego Costa. Não quero perder mais nenhum jogador”, explicou.
Terceiro cartão amarelo de Kannemann foi proposital
Assegurando que o terceiro cartão amarelo recebido pelo zagueiro Kannemann foi algo proposital, o treinador gremista explicou que o atleta não tem condições físicas para fatigante sequência de jogos do Grêmio. Sendo assim, a escolha pela ausência do defensor contra o Botafogo aconteceria de qualquer maneira.
“O Kannemann não teria condições físicas para domingo. Vamos ver quem vai jogar no lugar dele. No gol, o rodízio vai continuar. Temos três bons goleiros. Preciso ter todos eles com ritmo de jogo. É o que eu tenho feito. E vai continuar o rodízio sim”, garantiu.